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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pesos, medidas e opiniões



Os três vídeos que exibo neste post levantam discussões interessantes sobre o que vivenciamos na nossa cultura hoje: uma eclosão de grupos minoritários que, justamente por se enquadrarem como tal, acreditam possuir privilégios sobre os demais grupos (utilizo a palavra "privilégio", pois tudo aquilo exigido por tais grupos já são direitos constitucionais). Com isso,  temos um sem número de grupo que procuram firmar sua opinião em detrimentos da dos demais. É nesse ínterim que aparece a reinvidicação por "justiça social", "respeito" e todos aqueles atributos que acreditam lhes serem negados.

Antes de tudo, gostaria de deixar claro aqui que não tenho a pretensão de reduzir todos esses debates a um único viés, por exemplo, o debate das cotas raciais e a liberação do casamento gay. Reconheço que tais discussões possuem dimensões distintas, embora, de fato, possuam como ponto de partida os pontos que mencionei anteriormente. O problema, meu caro amigo, é determinar exatamente quais grupos devemos atender e por quais razões ou, mais ainda, por que ignorar aquilo que outros grupos também requisitam. Segue-se daí, a pergunta fundamental, como lidar com tais medidas e pesos sem incorrer no risco de um relativismo moral? Se as leis existem para que incidam sobre todos, por que então a necessidade de criar leis que defendam somente um determinado grupo? Existem princípios fudnamentais que devem nortear tais decisões? Como determinar qual grupo deve ter suas necessidades aceitas sem que se acarrete a "coitadização" de todos os outros, isto é, sem evitar o velho, "ah, se eles têm, então eu também quero"?


Os dois primeiros vídeos, feitos por um cara que não sei quem é, levantam muita bem essa problemática e as consequências que decorrem desse processo de "coitadização", sobre como os pesos e as medidas que reivindicamos são muitas vezes ignorados e enxergamos apenas um lado da moeda.








O próximo vídeo se trata da entrevista do professor de filosofia Luiz Felipe Pondé, em que este debate sobre a imposição do politicamente correto e o risco de tal medida obscurecer nossa visão de mundo. Proibir o uso de certas palavras como uma forma de impedir alguém de enxergar o outro como inferior, não parece ser a medida mais correta, uma vez que apenas mascara a visão que as pessoas têm umas das outras. É esse o tipo de problema que pensava Kant, ao se perguntar se a moralidade de uma ação se encontra na ação em si ou na intenção que a motivou, isto é,  se chamo alguém de afro-descendente mesmo com a intenção de o denegrir, não estarei sendo preconceituoso? Mais uma vez gostaria de reiterar que não partilho de todas as minhas opiniões expostas nos vídeos, no entanto, apenas reconheço a importância de se discuti-las.







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