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sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Ética Kantiana

Immanuel Kant (1724  - 1804)
        Kant nasceu em Konigsberg, no ano de 1724 e morreu em 1804 sem nunca ter saído da sua cidade natal. Foi um dos últimos europeus a dominar toda a ciência do seu tempo, incluindo a física, a geografia, a filosofia e a matemática. Lecionou na universidade de Konigsberg. Sua obra possui uma vasta importância para a Filosofia, por muitos é considerados o maior pensador de todos os tempos, sua obra mais importante é A Crítica da Razão Pura, embora o mesmo tenha escritos sobre quase todos os ramos da Filosofia. Não à toa, sua teoria ética também se enquadra como uma das mais influentes e importantes.




A Ética de Kant
1. A ética é um sistema de regras absolutas;
2. O valor moral das ações provém das intenções com que são praticadas;
3. As regras morais devem ser respeitadas independentemente das conseqüências;
4. As regras morais são leis que a razão estabelece para todos os seres racionais.

Regras Absolutas
1. As obrigações morais são absolutas porque não estão sujeitas a exceções, mesmo se aplicá-las tem conseqüências negativas.
2. Esta é uma característica das morais deontológicas (teorias baseadas no dever): agir moralmente consiste em respeitar direitos. Agir de forma a promover as melhores conseqüências não é permitido se implicar a violação de um direito.
3. A obrigação de não mentir não varia conforme as circunstâncias.

Ações e Intenções
1. A mesma ação pode ser praticada com diferentes intenções: posso ajudar um amigo por compaixão, para obter um benefício (por exemplo, para ficar bem visto) ou por sentir que tenho esse dever.
2. Para determinar o valor moral de uma ação é preciso saber a intenção com que foi praticada.
3. Segundo Kant, ajudar um amigo só tem valor moral se isso tiver sido feito em nome do dever. Ainda que se ajude o amigo por mera compaixão, ou qualquer sentimento de pena, sua ação ainda não pode ser classificada como moral. Para Kant, toda ação moral deve ser motivada pelo senso de dever.

Moral e sentimentos
• As obrigações morais não dependem de condições; logo, apenas têm valor moral as ações praticadas em nome do dever.
• Uma ação praticada por compaixão, por exemplo, não tem valor moral porque a sua máxima seria apenas hipotética: as máximas morais são absolutas.
• Ajudar uma pessoa só por compaixão significa que estamos a seguir a máxima “Ajuda o próximo na condição de sentires compaixão”.
• Se esta condição deixasse de se verificar, a obrigação desaparecia. Mas o dever de ajudar o próximo existe mesmo se já não sentimos compaixão alguma.

Universalidade
• Agir moralmente significa seguir várias obrigações particulares como dizer a verdade, cumprir a palavra dada, não matar pessoas inocentes, não roubar, etc.
• Agir segundo estas regras é agir com base em máximas universalizáveis, ou seja, máximas que qualquer pessoa nas nossas circunstâncias poderia também seguir.
• Pelo contrário, mentir, roubar ou matar pessoas inocentes, não é permissível pois as máximas destas ações não são universalizáveis: não queremos um mundo onde todos mintam, onde todos roubem, etc.
  
"Age sempre de tal modo que o teu comportamento possa se tornar princípio de uma lei universal." (Kant)

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